quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Palavra do Ministério Guerreiros da Luz - Daniel Mastral

 Carta de Abril.

“Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo. E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá seu galardão.” Mateus 11:41-42
Imagine a cena: você convida alguém para um fim de semana em sua casa.
Como você recebe o convidado? Suponho, que com um largo sorriso no rosto, com respeito, com ternura.
Prepara tudo em detalhes a fim de oferecer ao seu hóspede o melhor!
Oferece água, alimento. Prepara os aposentos com roupas limpas.
O banheiro está asseado, com toalhas, sabonetes, papel higiênico.
Não é assim?
No “mundo” vemos que os diretores de grandes empresas são tratados como reis em recepções oferecidas pela organização.
Um cantor é recebido com pompas pelos organizadores de um evento musical.
Agora...imagine...como você receberia Jesus?
Ou os Anjos de Deus?
Ou os Seus Profetas?
No Velho Testamento, vemos a hospitalidade pintada com cores fortes. Abraão, Ló, preparam banquetes aos anjos...mas não sabiam de imediato que eram tais! Era o costume! A tradição!
Gideão era pobre...Mesmo assim oferece o melhor ao Anjo que lhe veio visitar, mesmo não sabendo de imediato que era tal.Era a tradição, o costume!
Jesus reforça este conceito, estabelecendo um preceito a ser seguido!
Destaca: “E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos...”

Chama de “pequenos”...pois estes são os grandes diante do Senhor.
Os de coração humilde, manso.
Não há incentivo para exaltar ao homem pelo título que ostenta.
E, finaliza; “de modo algum perderá seu galardão”.
Tremendo, né?
Uma conquista eterna, fruto de um copo de água fria...
Tão singelo, e tão grandioso ato é este!
E como temos nos esquecido destes nobres valores...
Viajo muito! O trajeto até o local ou cidade nem sempre é simples. São horas a fio nos aeroportos, no despacho de bagagem, no resgate de bagagem, nas filas, no transito, nas chuvas, nos alagamentos...
Chego a cidade destino normalmente a noite.
Hoje, escolho o Hotel para ficar.
Nada de luxo.
Padrão executivo ou tipo “IBIS”.
Antes, ficava a critério do anfitrião a escolha.
Já pernoitei em hotéis que eram na verdade bordéis, literalmente falando. Imagine um local cuja diária com café da manhã custa R$ 35,00 (trinta e cinco reais). Isso! Você não leu errado. O valor é este, na promoção do fim de semana.
Passei por isso várias vezes, e com minha esposa presente. Inicio do Ministério.

Hoje, escolho o local.
Mesmo assim, não é como minha cama. Meu lar. Nem sempre, as vésperas de um Seminário durmo bem.Oro, repasso os apontamentos, me consagro. O tempo passa, as horas avançam. O cansaço me vence e adormeço.
Acordo cedo. Sempre!
Faço meu devocional.
Tomo uma ducha fria, e vou para o local onde será Ministrado o Seminário.
Quando vou a uma cidade onde já possuo amigos que fizemos ao longo da jornada, é comum estes nos darem a carona. São nossas equipes de apoio. Quando não há, a Igreja que nos convidou destaca alguém para fazer este translado.
Já fui esquecido na porta do Hotel diversas vezes! Isso! Você não leu errado. Estavam tão absortos com o evento que esqueceram o palestrante. Fui de taxi. Não houve reembolso!
Chego no local, com estômago vazio. Nem sempre há tempo para tomar café no Hotel. Tenho que chegar mais cedo a fim de testar o som, ver se as conexões estão ok. Passo muitas imagens e filmes e tudo tem que funcionar bem.
Afinal, fazemos acima de tudo para Deus!
É comum nos receberem com café da manhã. É a tradição! O costume!
Já visitei locais onde nem água na sala havia.Quando indaguei a respeito, recebi de volta um olhar apontando o galão de água de 10 litros no chão empoeirado.
Perplexo, pergunto como faço para saciar minha sede, sem copo!
Olhar distante...vem a resposta: “Ah...precisa de copo, é?”
Quase sigo o impulso de pedir um canudinho! O Espírito Santo me capacita a calar.
Já me perguntaram se eu não traria minha própria marmita!
Almoços, são capítulos a parte.
“Ué...você almoça? Pensei que em Seminário você ficasse em jejum de consagração!”
Não viram meu semblante pálido? Como suportar 10 horas falando, sem alimento?
Certa vez, fomos recepcionados com uma cesta de chocolate caseiro, feita por uma irmã da igreja.
Notei que em alguns chocolates haviam “mordidinhas” e vários pedacinhos de papel espalhados pela sala.
Minha mente iniciou um processo de rastreamento de dados tentando não imaginar o pior: seria um rato que roeu os doces?
Não demorou e, logo uma voz rompe o silencio: “Ah! Deve ser rato! Deixamos a cesta aqui ontem a noite, e eles costumam visitar esta sala de noite, pois sempre tem sobra de comida. Mas não se preocupe Daniel, estes aqui eles nem tocaram, veja! Pode comer! O que contamina o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai dela, não é irmão?”
Sinceramente. Não senti paz! Naquele momento senti a direção de fazer um jejum de chocolate!
Noutra ocasião, no almoço, alguém entra apressadamente na sala que estou no intervalo: “O irmão quer comer o que? Coxinha ou Kibe?”
Diante das opções, preferi coxinha.
Ocorre que havia, na sala comigo um casal de novos convertidos que acabaram de ler “Filho do Fogo”, e que, depois de ler uma carta manuscrita que me entregaram, senti no Espírito de conversar um pouco com eles.
O rapaz estava se recuperando do vício de drogas.
Imaginei, que como manda a tradição, os bons costumes, iriam trazer ao menos três coxinhas.
Veio uma!
E, pequena! Dividimos a coxinha.
O rapaz ainda levou no bom humor: “Para quem já dividiu o pó, o que é dividir o pão?”
Porém, o alimento não é o pior que enfrentamos. Muitas vezes os próprios participantes do Seminário, notando algo “estranho” no ar, nos trazem o que comer. Nem que seja um lanche da padaria da esquina. Nisso vejo o amor de Deus...usando sempre os pequenos...E como estes são preciosos para o Pai!
O que pode ser pior?
O banheiro!
Sujo...muitas vezes...
Sem toalha, sem sabonete, nem papel higiênico, sem janela, sem porta...
Isso! Você não leu errado. Sem porta!
Tava tudo lindo! Perfumado, com sabonete, tampa no vaso sanitário (quase um luxo), mas...cadê a porta?
“Ôpa, Daniel, desculpa aí. Esquecemos de colocar a porta.”
Desta vez não houve dolo. Foi esquecimento mesmo. Estenderam o Louvor e colocaram a porta ao som de furadeira em dó maior!
Já fiquei preso em um banheiro. Na verdade era um misto de depósito com banheiro. Tinha de tudo: jornais, revistas, tijolo, telha, leite em caixa, feijão, arroz, cimento, um sino...

Isso, você não leu errado.
Um sino! E grande! Além de muita poeira.A porta emperrou. Gritei por socorro, mas não conseguia competir com as poderosas caixas de som que já reproduziam a Adoração: “Poderosoooooo Deeeeuuuusss, Poderosoooooo Deeeeuuuusss” E eu entalado ali...
Meu nariz curado da rinite alérgica que carreguei anos a fio, agora, dá sinais de recaída...e entope!
Enfim, alguém me ouve.
Foi necessário chamar um bombeiro para me resgatar, abrindo a porta com notas de heroísmo a machadadas. Louvei ao Senhor! Poderoso Deus!!!!
E as placas que tenho que ler? Uma ocasião li no banheiro: “Proibido pendurar roupas proféticas neste local consagrado!” Seria a toalha um adorno profético? Pois não havia nenhuma ali...
Há, claro, locais onde somos muito bem recebidos. Com zelo, honra, respeito, amor, integridade. Onde dão muito mais do que esperamos ou merecemos.
Onde a tradição da hospitalidade é uma freqüente.Porém é importante lembrar: não é preciso muito para agradar a Deus a aos seus Servos. Apenas observar as orientações do Mestre.
Agindo assim...teremos nosso galardão, para sempre!
Conquiste o seu!
Honra ao Pai,
E o Pai te honrará!

Daniel Mastral


Disponível em:
http://www.danielmastral.com.br/cartabril2011.htm

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